A capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreender e compartilhar seus sentimentos, pensamentos e emoções, é conhecida como empatia. Essa habilidade, além de socialmente admirável, é essencial para a construção de times de grande performance e proativos – aqueles que trabalham de forma colaborativa, criativa e eficaz para alcançar objetivos comuns.
Para as equipes se destacarem no trabalho, a empatia é mais que importante, é fundamental! A neurociência por sua vez, demonstra como o cérebro humano é capaz de entender e se conectar com as emoções dos outros. Essa conexão emocional traz benefícios para o clima e o desempenho em grupo.
Quando as pessoas se sentem ouvidas e compreendidas, a confiança aumenta, o que leva a uma melhor comunicação e solução de problemas. Criando assim, um ambiente onde as ideias podem ser melhor compartilhadas, feedbacks são mais bem aceitos e diferenças individuais são respeitadas.
A empatia também tem um efeito direto no desempenho cognitivo dos membros da equipe. Estudos neurocientíficos mostraram que quando as pessoas se sentem emocionalmente conectadas, há um aumento na liberação de oxitocina – um hormônio ligado ao vínculo social. Isso cria um ambiente cerebral mais favorável à aprendizagem, à criatividade e à inovação.
Segundo esse estudo, o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso envolve três componentes principais da empatia: componente afetivo, cognitivo e regulador.
O componente afetivo se refere à capacidade de sentir e expressar as emoções do outro, criando uma conexão emocional. O componente cognitivo se refere à capacidade de entender e interpretar os estados mentais do outro, reconhecendo suas perspectivas, intenções e motivações. O componente regulador se refere à capacidade de controlar e equilibrar as próprias emoções, evitando reações excessivas ou inadequadas.
Esses três componentes da empatia dependem do bom funcionamento de diversas regiões cerebrais, que são ativadas quando nos relacionamos com os outros. Por exemplo, o córtex pré-frontal é responsável por processar informações sociais e morais, gerando sentimento de solidariedade e compaixão. O córtex cingulado anterior é responsável por detectar conflitos e erros, gerando sentimento de culpa e arrependimento. A ínsula é responsável por integrar informações sensoriais e emocionais, gerando sentimentos de dor e prazer. O córtex somatossensorial é responsável por mapear o corpo e o espaço, gerando sentimentos de proximidade e distância.
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Além dessas regiões cerebrais, a empatia também envolve a ação dos chamados neurônios-espelho, que são células nervosas que se ativam quando observamos ou realizamos uma ação. Esses neurônios permitem simularmos mentalmente as ações e emoções dos outros, criando uma sintonia entre nós e eles.
Contudo, é importante saber que a empatia não é algo natural para todos, e que sua manifestação pode mudar. Nesse aspecto, a liderança é essencial. Líderes empáticos não só mostram o comportamento esperado, mas também incentivam uma cultura organizacional que valoriza a empatia. Isso pode ser feito por meio de programas de treinamento, feedback construtivo e reconhecimento do esforço em compreender as perspectivas alheias.
A neurociência apoia a evidência do impacto da empatia na formação de equipes de alta performance. A habilidade de compreender emocionalmente os outros não só fortalece os laços sociais, mas também alimenta a colaboração, o pensamento inovador e a resolução de problemas. Em um mundo onde a interconexão e a colaboração são fundamentais, a empatia é o que une equipes excepcionais. Portanto, investir na promoção da empatia é investir no sucesso duradouro das organizações como um todo.
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