Otimize sua comunicação em equipe com neurociências!

Comunicação é um processo essencial para o funcionamento de qualquer equipe (e mais, qualquer relação, seja pessoal ou de trabalho), pois permite a troca de informações, ideias, opiniões, sentimentos e feedbacks entre os seus membros, contribuindo para a geração de valor e crescimento. Uma comunicação eficaz pode favorecer a cooperação, a criatividade, a produtividade, a confiança e o engajamento dos integrantes da equipe, além de prevenir e resolver conflitos. Por outro lado, uma comunicação deficiente pode gerar mal-entendidos, frustrações, desmotivação, erros e desempenho insatisfatório.

Nesse contexto, a neurociência pode ser uma forte aliada para melhorar a comunicação entre os membros de uma equipe, pois oferece um conhecimento aprofundado sobre como o cérebro humano processa e interpreta  informações que recebe e envia, bem como sobre como as emoções, as motivações e as relações sociais influenciam nesse processo.

Além disso, é importante notar que a comunicação é um fenômeno complexo que supera as palavras, envolvendo também a decodificação de gestos, emoções e intenções ocultas, revelando que essa complexidade é espelhada na atividade cerebral. Quando uma pessoa se comunica, várias regiões do cérebro são acionadas, incluindo aquelas relacionadas à linguagem, percepção, emoção e memória.

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Algumas das contribuições da neurociência para a comunicação em equipe, e dicas de como otimizar o processo comunicativo em prol da excelência:

  • Reconhecer que cada pessoa tem uma forma particular de perceber e interpretar o mundo, de acordo com suas experiências, culturas, valores e emoções. Isso significa que o mapa não é o território, ou seja, que cada pessoa tem uma representação mental da realidade que pode ser diferente da dos outros. Portanto, é importante buscar compreender o ponto de vista do outro, respeitar as diferenças e evitar julgamentos precipitados ou generalizações. A neurociência ensina que podemos alterar nossa percepção da realidade ao mudarmos nosso foco de atenção, nossas crenças ou nossas emoções.
  • Adaptar a forma de se comunicar ao perfil cognitivo e emocional do interlocutor. A neurociência mostra que existem diferentes estilos de pensamento e aprendizagem, que dependem das características individuais do cérebro. Por exemplo, algumas pessoas são mais visuais, outras mais auditivas ou cinestésicas; algumas são mais analíticas, outras mais intuitivas; algumas são mais racionais, outras mais emocionais. Importante identificar qual é o estilo predominante do interlocutor e usar uma linguagem adequada e adaptada para se fazer entender e captar sua atenção.
  • Usar estratégias para facilitar a memorização e a compreensão das informações. A neurociência revela que o cérebro tem uma capacidade limitada de armazenar e processar informações de forma consciente. Por isso, é preciso selecionar as informações mais relevantes e organizá-las de forma lógica e coerente. Além disso, é preciso usar recursos que estimulem os diferentes sentidos e que favoreçam a associação das informações com conhecimentos prévios ou com emoções positivas. Por exemplo, usar imagens, cores, sons, gestos, metáforas ou histórias.
  • Estimular o feedback positivo e construtivo. A neurociência explica que o cérebro humano possui um sistema de recompensa que é ativado quando recebemos um elogio, um reconhecimento ou um incentivo. Esse sistema libera neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que geram sensações de prazer, satisfação e bem-estar. Essas sensações aumentam a motivação, a autoestima e a confiança dos membros da equipe. Por outro lado, o cérebro também possui um sistema de ameaça que é ativado quando recebemos uma crítica negativa ou um castigo. Esse sistema libera neurotransmissores como o cortisol e a adrenalina, que geram sensações de medo, ansiedade e estresse. Essas sensações diminuem a motivação, a autoestima e a confiança dos membros da equipe.
  • Promover um clima de confiança, respeito e cooperação na equipe. Segundo a neurociência, o cérebro humano é social, ou seja, precisa de interações positivas com outras pessoas para se desenvolver e se manter saudável. O cérebro possui um sistema de afiliação que é ativado quando sentimos que pertencemos a um grupo, que somos aceitos e valorizados pelos outros. Esse sistema libera neurotransmissores como a ocitocina e a endorfina, que geram sensações de amor, alegria e felicidade. Essas sensações fortalecem os laços afetivos e a lealdade entre os membros da equipe.

A neurociência oferece uma visão fascinante sobre os processos cerebrais subjacentes à comunicação humana. Ao compreender como nossos cérebros processam informações e interagem uns com os outros, podemos aplicar insights para melhorar significativamente a comunicação entre membros de uma equipe (e em nossas relações pessoais). A consciência das diferenças individuais, a prática da escuta ativa, a atenção à comunicação não verbal, o uso de histórias envolventes e a redução do estresse são apenas algumas maneiras pelas quais é possível otimizar o processo comunicativo.

Quero saber de vocês: reconheceu alguma dessas características aqui apresentadas como parte da sua comunicação em equipe? Pergunte-se: o que posso fazer/adaptar para me comunicar melhor profissionalmente (e na vida em geral)? Garanto que algumas dessas dicas irão te ajudar! Me conte nos comentários!

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