Psicologia de Jung e os 16 tipos de personalidades

Já ouviu falar em psicologia de Jung? A psicologia de Jung, também chamada de Psicologia Analítica, foi desenvolvida pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Essa abordagem psicológica enfatiza a importância do inconsciente, incluindo os aspectos pessoais e coletivos na formação da personalidade e do comportamento humano. O modelo desenvolvido pelo psiquiatra fornece uma abordagem interessante e fundamenta 16 tipos de personalidade diferentes encontrados em sociedade. Entenda quais são eles a seguir.

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A psique de Jung

Jung acreditava que a psique era composta por três diferentes partes: o ego, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. O ego seria a parte da psique que representa a consciência e a identidade pessoal. O inconsciente pessoal seria composto por experiências e memórias individuais que não estariam atualmente presentes na consciência. O inconsciente coletivo: uma camada mais profunda da psique que contém imagens universais e simbólicas que são compartilhadas por todas as culturas e sociedades.

Partindo dessa definição, Jung identificou que os tipos de personalidade seriam formados por uma combinação de componentes genéticos e experiências da primeira infância que moldariam conexões neurais. De forma que por mais que os comportamentos e até as sinapses pudessem se adaptar a um determinado meio, a essência das pessoas não mudaria. Se a pessoa nasce extrovertida, para ele, a extroversão é uma característica dela até o fim da vida.

16 personalidades

Entendendo então a imutabilidade dessa essência, foi possível catalogar e definir modelos de personalidade diferentes. Para usar o método das 16 personalidades, foram utilizados, primeiramente, um modelo de 4 pares opostos de preferências que existem em todas as pessoas chamados de Preferências Individuais.

Para cada uma dessas quatro preferências haveria duas possibilidades: Extrovertido (E) ou Introvertido (I), Sensorial (S) ou Intuitivo (N), Pensador (T) ou Sentimental (F), Julgador (J) ou Perceptivo (P).

A combinação desses pares, resultou em 16 diferentes personalidades: ESTJ, ESTP, ENTJ, ENFJ, ESFJ, ESFP, ENTP, ENFP, ISTJ, ISTP, INTJ, INFJ, ISFJ, ISFP, INTP, INFP.

Embora cada uma possa ser aprofundada e especificamente estudada (algo que faço em meu livro, Hackeando o Comportamento Humano: construindo times de alta performance com neurociências), algumas inferências gerais podem ser destacadas:

Ganho de energia: Extrovertidos ganham energia em atividades externas e interagindo com outras pessoas e com o mundo externo; enquanto Introvertidos ganham energia em atividades mais reservadas e focadas em si próprio.

Coleta de informações: Sensoriais buscam informações principalmente em dados concretos, históricos e realistas sobre o mundo. Já os Intuitivos priorizam a imaginação, interpretações e as nuances entre as relações.

Tomada de decisões: Os Pensadores são lógicos e objetivos e tem bastante consideração por leis e fatos. Sentimentais priorizam valores e pessoas acima das regras. Eles decidem com base na harmonia entre as pessoas.

Forma de viver: Julgadores preferem um estilo de vida mais organizado e metódico, enquanto os Perceptivos são mais flexíveis e adaptáveis a diversas situações.

Personalidades na prática

Mas como identificar minha personalidade ou de um liderado? Testes com respaldo de psicólogos e estudiosos do tema são capazes de filtrar e definir a personalidade. Indico, por exemplo, o seguinte: Teste das 16 personalidades

Mais importante até do que identificar sua personalidade, é por fim, entender que os traços de personalidade dessa tipologia influem no desempenho, na satisfação geral e proficiência de liderados em uma tarefa! Erros tais como pedir um introvertido para dar uma palestra ou dispor de um julgador em uma área altamente criativa e flexível pode comprometer seu negócio!

A mensagem que deixo é a seguinte: as personalidades de Jung são mecanismos importantes de serem considerados pelo seu RH e liderança organizacional. Falo de forma mais aprofundada sobre o tema em meu livro: “Hackeando o Comportamento Humano: construindo times de alta performance com neurociências”.

Nicola Sanchez

CEO da Matrix do Brasil